"Novos Tempos" patinam e irritam moradores da divisa

A primeira obra do famigerado programa "Santos Novos Tempos" (foto acima) revela extrema falta de senso da Prefeitura ao lidar com a vida da população mais pobre. A intervenção começou junto à divisa com São Vicente, na Rua Flor Horacio Cyrillo, com a remoção de árvores (muito criticada pela população) e colocação de galerias, onde existia o canal do Dique. Por questões técnicas, segundo informações obtidas pelo Blog, a obra foi paralisada e o lixo se acumula, onde antes a água corria livre.
Os moradores estão furiosos, pois a situação é insustentável. Ratos, insetos e muito mau cheiro é o que restou do antigo canal arborizado. Há muita reclamação, também, por causa da maré alta que invade as casas. Situação que prometia ser revertida com a implantação do projeto, parece ter piorado muito, após o início das obras.
Segundo apuramos, após a licitação ter sido feita e a obra iniciada, surgiram dúvidas acerca da execução dos aterros previstos para a área onde novas moradias serão construídas.
É de se questionar como isto pode ocorrer, num Município que tem (tinha?) expertise em reurbanizar favelas em área de palafitas. Basta lembrar que o Prefeito David Capistrano iniciou o primeiro projeto do tipo, Dique da Vila Gilda, em 1995. Na época, uma consultoria da área de fundações orientava a construção dos aterros, em área muito semelhante a mencionada acima, e nunca houve paralisação de obras.

Comentários

  1. Revoltante a situação dos moradores e a incompetência desta Prefeitura em planejar e executar obras custeadas público, dinheiro do PAC, Governo Lula!
    Depois, ficam por aí dizendo que a culpa pelos atrasos nas obras do PAC é da Dilma!!!
    Pior mesmo, é pensar que, além de não aproveitarem a experiência habitacional da gestão David Capistrano, ainda, tivemos que responder a oposição e ao Ministério Público, à época, por suspeita de superfaturamento nas obras do Dique.
    E eu fico aqui a me perguntar...por quanto tempo mais conseguirão continuar enrolando a população santista?

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