O caso da usina de lixo traz más recordações


Ao ler acerca da proposta de implantação de uma usina de lixo na Baixada, pelo governo estadual, com tecnologia importada da da Alemanha, sinto calafrios. É impossível esquecer do malfadado acordo Brasil-Alemanha, firmado pela ditadura militar, em 1975, que resultou no fiasco que foi nosso programa nuclear e quase comprometeu a área da Juréia, no litoral sul, com a instalação de uma usina.
Este blogueiro recebeu uma informação, de fonte bastante confiável, de que na terra de Goethe já não se morre de amores pela ideia de produzir energia elétrica a partir do lixo domiciliar urbano. Não só na Alemanha, mas em alguns países europeus, onde experiências congêneres foram implantadas, a garantia de tarifas de energia razoáveis só foi possível graças aos subsídios estatais, termo que provoca ojeriza nos liberais de plantão.
Quanto à questão ambiental, esta deveria ser objeto de planejamento amplamente divulgado e discutido com a sociedade, conforme determina a Lei Federal n° 11.445/2007, que estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico. Mas parece que o governo estadual está se esquecendo disto, servindo-nos um prato feito, com cheiro de chucrute estragado.

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