VLT: as viagens de Rafael


O jornalista Rafael Motta dá uma grande contribuição para o debate acerca da implantação do VLT, na Baixada, em artigo publicado às páginas A4 e A5 da Tribuna de hoje. Com o título "Dois caminhos, dois destinos - o que poderá ser do VLT", Motta relata duas experiências bem distintas de implantação de VLT: o desativado VLT de Campinas, implantado no final do governo Quércia, e o VLT de Cariri (Ceará), que opera comercialmente desde 2009 e é movido a diesel.
A reportagem de Motta, que foi visitar as duas regiões e investigar o resultado de ambos os projetos, abre uma boa discussão acerca das alternativas tecnológicas para o transporte de média capacidade na Baixada. A meu ver, Motta deveria colocar no seu roteito uma viagem ao Corredor Metropolitano ABD (São Mateus – Jabaquara), da EMTU, empresa que quer implantar o VLT por aqui. Alertado pelo amigo Tabet, fui conhecer o Corredor, operado com tróleibus articulados e biarticulados e fiquei impressionado com a qualidade do que vi.
Para quem quiser se aprofundar no assunto, vale a pena, também, dar uma lida no Relatório do Estudo de Impacto Ambiental relativo à “Implantação do Sistema Integrado Metropolitano – SIM e do VLT da Região Metropolitana da Baixada Santista, disponível na página da Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos. O item 3.2.2.1, que trata das alternativas tecnológicas do empreendimentos é um dos pontos mais discutíveis do trabalho. A avaliação das outras alternativas é superficial e muito mal explicada. O Relatório foi produzido pela mesma consultoria responsável pelo RIMA do monotrilho que ligará o Jabaquara ao Aeroporto de Congonhas e Morumbi. O estudo tem levantado muita polêmica na Capital.
Esta questão merece nossa atenção, pois as alternativas tecnológicas foram pouco debatidas na Baixada e ainda existem muitas questões obscuras que o governo estadual e as prefeituras não responderam.

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