O crescimento do PIB santista

Acerca da matéria publicada em A Tribuna (11/12, p. A6), sobre o expressivo crescimento do PIB santista, no período entre 2004 e 2008, conforme pesquisa do IBGE, tenho algumas considerações a fazer.
A primeira é sobre a pertinência do uso deste indicador, como "termômetro" da qualidade de vida. Para quem quiser se aprofundar na questão, sugiro ler a entrevista do professor Ladislau Dowbor, disponível em http://dowbor.org/artigos.asp. Dowbor acredita que “o PIB não mede os resultados em termos de qualidade de vida da população” e apresenta razões bastante convincentes para acreditarmos nisto.
Além desta questão, merece nossa atenção a ampliação da concentração da produção da riqueza regional, em Santos. Os dados da pesquisa confirmam estar se aprofundando o fosso entre este município e o restante da Baixada. Isto não é nada saudável. Portanto, é inadiável uma discussão regional acerca da nossa economia, visando construir estratégias para produção de riquezas, de forma mais sustentável, nos demais municípios.
Por fim, discordo da tese de que a construção civil tenha peso expressivo neste processo. Prefiro ver os dados desagregados por setor, antes de fazer esta afirmação. Mas antes disso sou capaz de apostar que o crescimento do porto é o grande responsável pela pujança de Santos.

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