Movimentos de habitação cobram decisão da Prefeitura sobre Áreas da União

Com a sempre emocionante participação das trabalhadoras e trabalhadores da Associação dos Cortiços do Centro (capacetes rosas e verdes, na foto), vários movimentos de luta por moradia estiveram presentes, na tarde de ontem, em audiência pública realizada na Câmara de Santos, para discutir as áreas da União, destinadas a habitação, objeto de uma demanda dos movimentos, que se arrasta há 19 anos (!!!!).
O encontro, promovido pela Comissão Especial que trata dessas áreas, foi marcado por protestos de membros dos movimentos, em função da demora do prefeito em responder ao governo federal se deseja a cessão destes terrenos, para esta finalidade de grande importância social.
Como já mencionado neste espaço, esta definição é aguardada desde novembro, quando a Prefeitura recebeu da Secretaria do Patrimônio da União uma minuta de contrato de cessão das cinco áreas. Pelas informações prestadas ontem, pelo presidente da COHAB, Sr. Helio Vieira, a minuta está sendo analisada pela Procuradoria do Município.
Penso que deve ser uma análise extremamente difícil, pois lá se vão três meses, e nada de decisão.
Na verdade, trata-se de uma escolha muito simples: aceita-se ou não a oportunidade ímpar de receber, gratuitamente, 13.720 m² de terreno, na zona leste da Cidade, para assentar definitivamente famílias de baixa renda.
A demora já passou dos limites do tolerável, para um Município que tem tantas famílias vivendo em graves condições, como palafitas, cortiços, áreas de risco e outras.
Mas o clima na audiência leva a crer que os movimentos não vão aceitar mais procrastinação. Lideranças presentes acertaram a visita à Procuradoria para solicitar agilidade na avaliação do caso.

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