O gargalo na divisa Santos-São Vicente

Foto: Rogério Scan, Google Earth.
Enquanto se discute a ligação seca entre Santos e Guarujá, e milhares de pessoas são vítimas diárias dos péssimos serviços de travessia pelo Ferry Boat, um número maior de pessoas cruza a divisa entre Santos e São Vicente, seja pela orla (foto), seja pelo morro, ou pelo eixo das avenidas Nossa Senhora de Fátima-Antonio Emmerick.
Mas neste espaço vou dar mais destaque ao gargalo em que se transformou a ligação pela orla, ao longo dos anos de péssima gestão urbana. O eixo formado pelas avenidas Presidente Wilson e Ayrton Senna/Pe. Manoel da Nóbrega (Tapetão) foi "vítima", poucos anos atrás, de um projeto desastroso de implantação de ciclovia, no lado de Santos.
Este projeto, embora não tenha completado uma década, já está sendo objeto de revisão, para a qual a Prefeitura pleiteia recursos do Departamento de Apoio ao Desenvolvimento das Estâncias (Dade). Não conheço o valor da intervenção prevista, mas já sei quem vai pagar a conta pela decisão equivocada de implantar a ciclovia entre as pistas da avenida Presidente Wilson: we, the people.
Além do aumento geométrico de viagens pendulares diárias entre ambas as cidades, que demanda mais transporte coletivo e privado de várias modalidades, o cidadão ou cidadã que se aventurar a cruzar a divisa, sentido São Vicente-Santos, por ônibus, automóvel ou motocicleta, vai ter que enfrentar duas passagens em nível com a ciclovia. Por outro lado, milhares de ciclistas têm o mesmo problema, ao revés.
Não bastasse este calvário, não se sabe porque, a CET considera natural manter as vagas de estacionamento junto aos edifícios construídos (criminosamente) do lado da praia.
Enquanto não cai a ficha, a Prefeitura de Santos continua aguardando os cofres estaduais se abrirem e a de São Vicente, pelo jeito, acha tudo muito natural.
É abusar da nossa paciência...

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