O aumento da coleta de lixo reciclável, em Santos

Matéria publicada no jornal A Tribuna, na pág. A3 da edição de ontem, destaca a comemoração pelo aumento da coleta de lixo reciclável, nos últimos cinco anos, por parte da Secretaria de Meio Ambiente de Santos (Semam).
A matéria inicia com uma informação absolutamente distorcida, dando a entender que este serviço, criado no início da década de 1990, teria iniciado em 2005.
Mas o motivo da comemoração é o crescimento de 1.200 toneladas coletadas, naquele ano, para 2.300, até julho último. O esforço é elogiável, porém, a fonte não revela a que custo vem sendo ampliada a coleta.
Em 2010, segundo dados da pesquisa Ciclosoft, do Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre), a coleta custou 245,7 dolares por tonelada, um dos maiores do Brasil. Aqui o problema parece ser a escala e o método do serviço, além de uma insuficiente educação ambiental.
Existem basicamente três modalidades de coleta seletiva: coleta porta a porta, por meio de postos (PEV) e por meio de cooperativas. Em Santos, o modelo atual baseia-se na coleta porta a porta, que é caríssimo. E somente agora a Semam está iniciando a colocação de containeres, em alguns locais da cidade e estudando a implantação de PEVs. Por outro lado, a importante parceria com cooperativas, pouco avançou ao logo das duas décadas de existência do serviços e só funciona para a separação a posteriori do material, uma vez que não há separação na coleta.
Creio que este serviço é caro, por ser a coleta feita porta a porta, atingindo apenas 3%, do total das 13 mil toneladas de lixo coletados por mês, quando 37% do lixo das cidades brasileiras, em média, é passível de reciclagem, segundo o Ministério do Meio Ambiente.
Se houve ampliação no volume coletado, o fato merece comemoração, mas ainda estamos muito longe do ideal, e pagando muito caro por um serviço que poderia ser mais barato, com a mudança de metodologia, articulada à maior ênfase na educação ambiental.

Comentários

  1. Educação ambiental,num país que não tem nem educação moral,fica bem mais dificil,mas temos que tentar.
    E a populaçao deve ser a primeira á se conscientizar,espero que não precise ser de forma obrigatória,que devemos começar(já atrasados)a separar o material dentro de sua residência e organiza-lo,agora com a ajuda dos containeres,espalhados pela cidade,não vejo mais desculpa e que tenhamos população,um senso de responsabilidade e nos adaptemos finalmente,hoje,que vivemos na era da embalagem reciclável,a comportar esse reciclável,como deve ser,para reciclagem e não para entupir bueiros e soterrar canais.Tirar a nossa sacolinha do supermercado,não é o correto,o correto é educar a população e principalmente as crianças,geração futura.País sem educação,vira país do lixão.

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