A persistência da memória

Alguns políticos de Santos se esmeram em fazer um trabalho de "limpeza" da memória do trabalho realizado por administrações municipais anteriores, de deixar qualquer estalinista com inveja. É um trabalho que vez ou outra conta com a colaboração (espero que involuntária) de jornalistas que apresentam versões, sem checar os fatos.
Este "photoshop" da memória política santista atingiu seu auge, quando misteriosamente desapareceram dezenas de placas alusivas às inaugurações de equipamentos públicos municipais, durante o governo que sucedeu a administração David Capistrano. Foi um desaparecimento seletivo, pois sumiram apenas placas de inaugurações ocorridas entre 1989 e 1996.
Em carta à coluna A Tribuna do Leitor, publicada na edição de hoje, minha amiga e leitora do jornal, Marizete Bandini, refresca a memória dos demais leitores, em mais um caso de amnésia política. Sou testemunha do que a leitora declara, pois na época era funcionário da Semam.
Leiam abaixo:


Controle ambiental
Na edição de 22 de setembro, em matéria sobre o banimento das sacolas plásticas de supermercados, em Santos, a partir de 2012, há um box sobre a entrega da revitalização do Laboratório de Controle Ambiental ­ que aliás, foi o evento onde o secretário Fábio Nunes anunciou tal medida ­ que cometeu falha grave ao citar a inauguração do equipamento, como sendo em 2001. Esclareço que a inauguração deste laboratório deu-se em 19/11/1993, pelo prefeito David Capistrano Filho, a partir de iniciativa pioneira do primeiro secretário de meio ambiente do município, José Eduardo Siqueira e funcionava junto àusina de asfalto, na Alemoa. Destaco que as informações foram prestadas pelo prefeito Papa em seu discurso, no evento, confirmadas por mim naquele momento, por ter sido chefe de departamento na época.
MARIZETE FERNANDES BANDINI, BIÓLOGA ­ ANALISTA AMBIENTAL DA PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTOS

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