Vem aí a São Paulo-Itanhaém?

Segue abaixo post do blog do Rafael Motta, com uma avaliação bem humorada sobre mais uma lenda estadual.
Esta espero que continue como lenda, pois se virar realidade terá gravíssimas consequências ambientais.

Quanto riso! Quanta alegria!
Segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Faz uns 30 anos que prometem esta joia: a Rodovia Parelheiros-Itanhaém, uma opção ao Sistema Anchieta-Imigrantes para ligar Capital e Litoral.
E, nesta segunda-feira (17/10), a 'Folha de S. Paulo' traz reportagem intitulada "Governo estuda criar 'nova' Imigrantes". Extensão média de 15 quilômetros, custo estimado em R$ 648 milhões. Para "dar suporte à exploração de petróleo e gás". Mais essa...
Bem, no último parágrafo do resumo veiculado na internet, informa-se que, "com a nova concessão, haveria pedágios -- ainda sem valor definido -- na nova rodovia e no trecho da Padre Manoel da Nóbrega, entre Mongaguá e Peruíbe".
Grifei o último trecho porque, em 28 de agosto de 2009, o então governador, José Serra (PSDB), esteve na Baixada Santista. Foi confrontado com a informação segundo a qual a Manoel da Nóbrega poderia ter duas praças de pedágio logo que fosse concedida à iniciativa privada.
"Eu não conheço (a informação). O sujeito vai lá, pega um negócio qualquer, faz uma matéria e diz que foi o Governo quem decidiu. Para quê? Para que gente como você (o repórter) pergunte e fique alimentando uma fantasia", respondeu Serra, na ocasião.
Pois a Parelheiros-Itanhaém tem jeitão de fantasia -- igualzinho ao Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), ao túnel entre Santos e Guarujá (ou entre as duas margens do estuário), ao bilhete único metropolitano no transporte coletivo...
Para nós, os "mais de mil palhaços no salão" que vivemos na Cidade da Carochinha, é uma folia sem fim.
 
A versão original pode ser acessada aqui

Comentários

  1. Desenvolvimento com políticas ambientais sustentáveis, não são coisas antagônicas. Qualquer pessoa com um mínimo de noções culturais sabe que investimentos em transporte, saneamento básico, urbanismo e infra-estrutura só trazem o progresso por onde passam. Os fatos refletem isto, o atual rodoanel sul não permite ligações periféricas secundárias em seu contorno, e que atravessa inúmeros mananciais, e o futuro norte estão levando em conta estas importantíssimas questões. Com todo respeito, acreditar que o único caminho viável é deixarmos do jeito que está, é no mínimo falta de informação.
    Dentre as obras do PAC, uma que deveria estar incluída e ser priorizada é ligação rodo ferroviária Parelheiros–Itanhaém, uma vez que o porto de Santos ultrapassou seu limite de saturação com filas de navios em de mais de 60 unidades, das quais podem ser avistados da Vila Caiçara em Praia Grande, além de que a Via Anchieta por ser a única via de descida permitida para ônibus e caminhões tem registrados congestionamentos e acidentes graves semanalmente, como este de hoje 22/02/2013 em que uma trompa d’agua na baixada paulista deixou o sistema Anchieta / Imigrantes em colapso, e o transito só foi restabelecido na madrugada do dia 24 seguinte, e em épocas de escoamento de safras também a Dom Domenico Rangoni (Piaçaguera–Guarujá) se torna congestionada diariamente, ao contrário da Manoel da Nóbrega, onde somente se fica com problemas em épocas pontuais na passagem de ano, ao porto de Santos, e os futuros portos de Itanhaém / Peruíbe.
    Acredito também, como munícipe, que a estrada mitigaria as condições de estagnação que as cidades vivem, com ruas sem pavimentação, ocupação desordenada do solo, entre outras. Uma ligação da cidade com a região sul da capital traria muitos benefícios, fornecendo mais opções, melhorar a qualidade de vida dos moradores da capital e baixada. Muitas pessoas voltariam a fixar na cidade, inclusive eu. A cidade poderia nos dar mais retorno frente aos impostos que pagamos. Investimentos em Parques Temáticos, Porto, Aeroporto, Ferrovia ligando com a existente, enfim muitos projetos que alavancariam a região como um todo, bem como o desenvolvimento global de toda a região.
    Enquanto outras cidades turísticas litorâneas avançam principalmente no norte fluminense, Itanhaem, Mongaguá e Peruíbe se voltam ás primitivas cidades sazonais caiçaras sem interesse em desenvolvimento e com metas e avanços financeiros presentes apenas nas mãos de alguns.
    Já passou á hora de ver nossa geração e de nossos filhos se enraizarem na região com bons empregos e educação ao invés de tentar uma melhor condição social em São Paulo, pois Santos também já ultrapassou o limite de saturação.
    Com relação Parelheiros, esta região rural situada ao sul do município de São Paulo, a região que possui uma carência de saneamento básico, ajudaria enormemente uma fiscalização, urbanização e preservação dos seus mananciais.
    Sinto que o potencial destas cidades não são utilizados, com foco noutros que beneficiam uma minoria retrógrada. Não vejo senão, o apoio irresponsável e egoísta aos interesses escusos.

    leoni.luiz.carlos@gmail.com
    Praia Grande-SP

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