Índice de Desenvolvimento Municipal da Firjan mostra evolução de Santos, Cubatão, Praia Grande e Mongaguá

Santos, Cubatão, Praia Grande e Mongaguá tiveram expressivo desempenho no IFDM, Índice de Desenvolvimento Municipal da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (FIRJAN), na comparação entre 2007 e 2009.
O IFDM é um estudo anual que acompanha o desenvolvimento de todos os 5.564 municípios brasileiros em três setores: Emprego & Renda, Educação e Saúde. Ele é elaborado exclusivamente com base em estatísticas públicas oficiais, disponibilizadas pelos ministérios do Trabalho, Educação e Saúde.
Muito semelhante ao Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) do Programa para o Desenvolvimento das Nações Unidas (PNUD), o índice varia de 0 a 1. Quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento da localidade. Sua metodologia possibilita determinar se a melhora relativa ocorrida em determinado município decorre da adoção de políticas específicas ou se o resultado obtido é apenas reflexo da queda dos demais municípios.
Segundo a FIRJAN, na edição 2011, a novidade é a redução da defasagem temporal entre a divulgação do IFDM e o ano a que se refere, de três para apenas dois anos. Isso foi possível pois o Datasus (Ministério da Saúde) abreviou os prazos de tratamento e divulgação das estatísticas. Assim, a edição 2011 faz referência ao ano de 2009 e traz em sua análise comparações com 2008, enquanto a edição de 2010 faz referência a 2007.
Na tabela acima (elaboração própria), compara-se o desempenho dos municípios da Baixada Santista, com relação ao Brasil, e em comparação entre 2007 e 2009. Pelo ranking (nacional e estadual) observa-se expressiva melhora dos municípios de Santos, Cubatão, Praia Grande e Mongaguá, enquanto os demais municípios pioraram.
Santos pulou da 42ª posição nacional e 39ª estadual, respectivamente, para 12ª e 11ª, em 2009. Ao passo que São Vicente caiu da 115ª para a 156ª nacional e subiu da 92ª para a 98ª posição estadual. Santos subiu nas três dimensões, enquanto São Vicente subiu em Educação e Saúde, mas caiu em Emprego & Renda.
Guarujá teve uma queda acentuada em Emprego & Renda, estabilidade em Educação e pequena melhora em Saúde.
Cubatão subiu nas três dimensões, embora em Saúde a evolução não tenha sido tão expressiva.
Praia Grande também subiu nas três áreas, mas seu melhor desempenho foi em Emprego & Renda.
Mongaguá, o município da região que galgou mais posições, teve uma melhora sensível em Emprego & Renda e Educação, e não evoluiu em Saúde.
Peruíbe só teve bom desempenho em Educação e caiu muito em Emprego & Renda.
Curiosamente, Bertioga, um dos municípios da Baixada que tiveram o maior crescimento demográfico na última década, teve um mau desempenho em termos de Emprego & Renda.
Creio que os dados talvez estejam sinalizando a precarização das cidades conurbadas com Santos e a melhora das condições de vida em Praia Grande, que aos poucos vai formando uma rede de comércio e serviços decorrente da migração regional acentuada, nas últimas décadas.
Também penso que o desenvolvimento do Brasil como um todo, tem ajudado Santos e Cubatão, em função dos respectivos perfis portuário e industrial.

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