Onda Limpa: caiu a ficha do governo do Estado

O programa "Se liga na Rede", regulamentado por lei sancionada ontem, pelo governador do Estado de São Paulo, certamente decorre dos gargalos enfrentados na implantação do Onda Limpa, ambicioso programa de saneamento do litoral paulista, promovido pela Sabesp.
Como já se vem noticiando, há algum tempo, significativo número de ligações prediais de esgoto não foram realizadas, embora o Onda Limpa tenha disponibilizado redes em locais onde não havia e tratamento primário dos efluentes, em vários municípios.
A razão da não adesão de milhares de responsáveis por domicílios, ao programa, é decorrente do simples fato de que a conta d'água passa a dobrar, quando a ligação de esgoto é feita.
Segundo número divulgado meses atrás, pela Sabesp, só em Santos seriam 30 mil ligações não realizadas.
Com o "Se liga na Rede" promete-se custear, às expensas do Estado, número equivalente, em toda a Baixada Santista, até 2020, para famílias com renda menor que 3 salários mínimos, a um custo estimado de 350 milhões de reais.
Se a informação anterior, da Sabesp, estiver correta, as contas não vão bater, pois se em Santos a situação é esta, quem dirá em municípios em que a população de baixa renda é mais numerosa?
Além disso, apesar do alarde, considero oito anos muito tempo, até que se atinja a meta anunciada. Até lá, como ficam as péssimas condições de saneamento de nossa região, que tendem a piorar, com o aumento da população nos municípios mais afastados do centro regional?
Sei não, espero estar errado, mas os números não batem com a realidade.

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