Como São Paulo destruiu suas várzeas e arruinou seu futuro

O video que pode ser assistido aqui, produto de um trabalho de conclusão de curso, mostra como a matriz rodoviarista destruiu as várzeas paulistanas, e condenou São Paulo a uma sucessão de enchentes, que ironicamente tornou-se obstáculo à mobilidade urbana.
Vale a pena assistir, sobretudo pelo embate de duas visões antagônicas de cidade, representadas pelos urbanistas Francisco Saturnino de Brito e Francisco Prestes Maia, muito conhecidos de nós santistas, pois ambos trabalharam aqui e produziram planos para Santos, também.
A visão de Brito era a de recuperar as várzeas, para garantir espaço para as águas dos rios em tempos de cheia, transformando-as em parques urbanos.
A visão de Maia, também prefeito da capital, infelizmente saiu vencedora. Para ele, os rios tinham que ser canalizados e suas várzeas aproveitadas para implantação de avenidas, o que foi feito de forma generalizada em toda São Paulo.
Deu no que deu...
Aqui em Santos, volta e meia tentam cobrir os canais, num simulacro de visão rodoviarista. Por enquanto estamos escapando, mas o estrago, ao redor, já foi feito.

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