São Vicente: O bloco da insensatez


Gostaria que as autoridades de trânsito e de cultura de São Vicente tentassem pegar um ônibus em sua cidade, com destino a Santos, nestes dias de carnaval.
Ouvi o testemunho de duas trabalhadoras que moram na Vila Margarida e trabalham no Gonzaga, acerca da odisseia diária que enfrentam para ir e vir do trabalho, em especial após a interdição de uma pista do Tapetão do Itararé, para a realização dos desfiles carnavalescos.
Ontem, a viagem, que normalmente dura 1 hora e meia, passou de 2 horas e meia. Os ônibus, sempre fora do horário, agora demoram mais de 1 hora para passar. Depois, segue-se outro tanto espremidas em um ônibus quente, desconfortável e ainda por cima caro.
E não me venham com a lorota do VLT, pois até agora o projeto não passa de intenção mal fundamentada tecnicamente.
Não consigo entender a lógica disso tudo. Qual a vantagem política de torturar milhares de trabalhadores, para promover uma festa popular?
Afinal, por que os desfiles de Santos e São Vicente não podem ser realizados juntos, no sambódromo do Estradão?
Já passou da hora de encarar de frente a questão da metropolização e tirá-la do discurso. Os trabalhadores desta ilha querem ir e vir com agilidade, pontualidade, conforto e preço justo. Chega de blá-blá-blá.

Comentários

  1. A conversa ma metropolização só serve quando é pra jogar os pobres para áreas cada vea mais afastadas.

    Queria saber o porque de deslocamentos tão longos em uma área tão pequena, que é a Ilha de São Vicente.

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