Guarujá: terra sem lei?

Os sucessivos crimes praticados contra políticos de Guarujá, os quais carecem ser devidamente elucidados, lentamente transformam o município em terra sem lei, onde o que impera é a violência e a coerção.
Em pleno século XXI, a cidade que possui as mais belas praias do Brasil e que nos deveria encher de orgulho, nos enche de pavor.
A situação chegou a um ponto que nos remete aos tempos do cangaço e da pistolagem do coronelismo mais arcaico, que dominou parte do Brasil na primeira metade do século XX, quando as instituições republicanas ainda eram tíbias, nos rincões mais distantes e em alguns nem tanto.
Este pavor tem um subproduto extremamente deletério: afasta cidadãos e cidadãs de bem da prática política cotidiana, operando uma cruel seleção social ao revés. Uma seleção em que somente sobrevivem politicamente os mais "fortes", no pior sentido do termo.
Espero sinceramente que o assassinato bárbaro de Ricardo Joaquim seja o último da longa lista de crimes políticos e que a cidade entre nos eixos da civilização. Não é possível que política se misture com banditismo.
Os responsáveis pela segurança e pela Justiça, em todas as esferas, estão devendo muitas explicações à sociedade de Guarujá e da Baixada Santista. E se não houver investigação, indiciamento, julgamento e punição exemplares, em todos os casos, sinaliza-se à sociedade que a lei em vigor é a lei da bala.  

Comentários

  1. Fiz um post sobre essa barbaridade: "Guarujá, de pérola a faroeste do Atlântico" - http://macucoblog.blogspot.com

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