O crack no Aparecida: quebrando o termômetro para combater a febre
A rua de pedestres da imagem acima, prolongamento da Rua General Rondon, no bairro Aparecida/Santos, entre a Av. Epitácio Pessoa e Rua Guaiaó, tornou-se centro de polêmicas e conflitos urbanos, em função dos usuários de drogas que passaram a frequentar a área, provocando muita reclamação por parte da vizinhança e transeuntes.
As reclamações, absolutamente pertinentes, foram ecoar no Legislativo municipal, que cobrou das demais autoridades, ações no sentido de resolver o sério problema urbano, instalado em área muito frequentada, junto ao INSS e passagem para o shopping Praiamar e para o BNH do Aparecida.
De fato, o problema das drogas, em especial do crack, adquiriu uma dimensão epidêmica em nossa sociedade e demanda respostas rápidas e coordenadas, entre as diferentes esferas que lidam com as questões da saúde e da segurança públicas.
Contudo, neste caso, como em outros muito conhecidos, parece estar havendo uma inversão do foco das ações públicas, que certamente não resolverá o problema e ainda criará outros. Fui informado de que o INSS, que é proprietário da área, está sendo pressionado a autorizar uma "urbanização saneadora" do local, que me faz lembrar experiências muito recentes, no bairro da Luz, em São Paulo, guardadas as proporções.
Dentre as mudanças previstas pelo projeto, estaria a eliminação dos bancos deste logradouro, que segundo a visão embaçada da realidade de alguns, seriam responsáveis pela situação caótica do local. Afinal, não fossem os bancos, não haveria consumo de crack, né?
É impressionante que em pleno século XXI, estratégias do século XIX ainda estejam na agenda das políticas urbanas, em Santos.
A continuar assim, algum iluminado ainda vai propor o uso de trepanação para resolver os problemas criados pelo consumo de drogas ilícitas.
As reclamações, absolutamente pertinentes, foram ecoar no Legislativo municipal, que cobrou das demais autoridades, ações no sentido de resolver o sério problema urbano, instalado em área muito frequentada, junto ao INSS e passagem para o shopping Praiamar e para o BNH do Aparecida.
De fato, o problema das drogas, em especial do crack, adquiriu uma dimensão epidêmica em nossa sociedade e demanda respostas rápidas e coordenadas, entre as diferentes esferas que lidam com as questões da saúde e da segurança públicas.
Contudo, neste caso, como em outros muito conhecidos, parece estar havendo uma inversão do foco das ações públicas, que certamente não resolverá o problema e ainda criará outros. Fui informado de que o INSS, que é proprietário da área, está sendo pressionado a autorizar uma "urbanização saneadora" do local, que me faz lembrar experiências muito recentes, no bairro da Luz, em São Paulo, guardadas as proporções.
Dentre as mudanças previstas pelo projeto, estaria a eliminação dos bancos deste logradouro, que segundo a visão embaçada da realidade de alguns, seriam responsáveis pela situação caótica do local. Afinal, não fossem os bancos, não haveria consumo de crack, né?
É impressionante que em pleno século XXI, estratégias do século XIX ainda estejam na agenda das políticas urbanas, em Santos.
A continuar assim, algum iluminado ainda vai propor o uso de trepanação para resolver os problemas criados pelo consumo de drogas ilícitas.
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