Calçadas do centro de Santos: pouca coisa mudou

Seis anos após a bancada de vereadores do PT de Santos ter percorrido o centro, para denunciar as péssimas condições das calçadas, o jornal A Tribuna publica matéria, na pág. A-3 da edição de hoje, em que a jornalista Alcione Herzog percorreu praticamente o mesmo itinerário dos vereadores e a conclusão é de que pouco se avançou na acessibilidade nesta área da Cidade, a despeito do programa Alegra Centro.
As fotos abaixo são da vistoria "Pé no chão", realizada pelos vereadores Cassandra M. Nunes, Suely Morgado e Reinaldo Martins, em 4 de abril de 2006, a qual acompanhei pessoalmente.
Na ocasião, diversos problemas foram constatados, como falta de capacitação técnica para recomposição de mosaicos portugueses, falta de manutenção da rede de microdrenagem, mobiliário urbano e obstáculos arquitetônicos reduzindo a acessibilidade e as péssimas condições dos passeios alargados durante o governo Osvaldo Justo, na década de 80.
Apesar das intervenções executadas nos últimos anos, quando a Prefeitura decidiu utilizar concreto desempenado em parte da área central, muitos destes problemas ainda permanecem.
Aliás, pouco se tem falado do furto generalizado das peças de latão, com a logomarca do programa Alegra Centro, que custaram uma verdadeira fortuna ao Município. No lugar destas peças, restaram novos sulcos nos passeios, enfeiando ainda mais o piso de concreto e oferecendo riscos de tropeções aos pedestres.
A referida matéria informa que mais recursos serão gastos para recolocação de cerca de 6 mil m² de mosaicos, nas ruas do chamado "centro histórico" e execução de 2 mil m² de concreto desempenado nas calçadas de ruas menos badaladas (leia-se onde o povão faz suas compras).
Aguardo com ansiedade, porém, as intervenções programadas para as ruas João Pessoa e Amador Bueno, esperando que estas se estendam a suas travessas, vitimas das obras mais mal feitas na história de Santos, quando os passeios foram alargados sem alteração do greide das vias, na década de 80.
Outro aspecto é que no centro praticamente não se encontra o problema de afloramento de raízes, que danificam passeios em diversos bairros da cidade. Mas neste quesito pouco há que se comemorar, pois isto é apenas o indicativo de que falta arborização nesta área, exceção feita às praças.
Merece também destaque, a questão das obras executadas por empreiteiras terceirizadas por concessionárias públicas, abordada na reportagem, especialmente pela Sabesp. Se por um lado as empresas não têm qualificação técnica para trabalhar com mosaico português, por outro, nem as concessionárias, nem a Prefeitura fiscalizam estas obras como deveriam.



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