Enquanto os otários recolhem IR na fonte, fundos e grandes investidores miram boom imobiliário na Baixada Santista

Os bacanas encontraram nos fundos de investimento uma saída para não pagar Imposto de Renda sobre locações comerciais. E a moda já chegou à Baixada Santista, como informa a notícia abaixo.
Fundos imobiliários e CRI (certificados de recebíveis imobiliários) são, em geral, isentos de Imposto de Renda.
Portanto, uma pessoa física paga Imposto de Renda sobre aluguel, mas se receber de um fundo fica isenta, desde que o fundo cumpra algumas exigência, como um número mínimo de participantes e a titularidade máxima de um único investidor. 
Estas exigências surgiram quando o Abílio Diniz transfeiru todos os imóveis do Pão de Açucar para um fundo em que ele era o único dono e ainda vendeu os recebíveis dos contratos de aluguel no mercado na forma de CRI, para levantar a grana para pagar os imóveis do próprio Pão de Açúcar.
Em resumo, levantou R$ 1 bilhão no mercado para a empresa, em meados da década passada e ficou recebendo os alugueis como pessoa física, através de um fundo, sem pagar IR.
Criativo, não? Trouxas somos nós.

A expansão do mercado imobiliário da região não está sendo turbinada só com recursos próprios das construtoras ou do financiamento bancário. Fundos e grandes investidores estão se associando às incorporadoras para faturar com o crescimento do setor.
De olho nessa tendência, a Família Capital, empresa de Santos que também está instalada em São Paulo, tem feito a ponte entre os fundos e investidores e as incorporadoras.
O diretor da Família Capital, Mário Rogério Esteves, afirma que fundos imobiliários estão começando a participar da incorporação de empreendimentos na Baixada Santista.
Na prática esses fundos se tornam sócios dos empreendimentos e injetam recursos, reduzindo a dependência da construtora de empréstimo bancário.
Esteves explica que esses fundos têm suas cotas negociadas em bolsa de valores e seus investidores contam com isenção do Imposto de Renda.
Esteves afirma que a Família Capital também busca investidores, não necessariamente fundos, para se tornarem sócios das incorporadoras. De acordo com ele, esses parceiros podem ingressar com R$ 1 milhão ou R$ 2 milhões ou até R$ 50 milhões.
Locação comercial
Questionado sobre a disparada da construção de edifícios comerciais em Santos, Esteves não vê um excesso de oferta de unidades nesse segmento. “O crescimento atual ainda não é em função do pré-sal”. A exploração da Bacia de Santos crescerá com vigor só após 2017, quando haverá uma forte demanda por instalações para fornecedores da Petrobras.
Segundo ele, agora já há muitas oportunidades com o aluguel comercial. Para Esteves, o ideal é que a locação dê retorno de 11% ao ano (0,9% ao mês), mas no caso da locação corporativa o rendimento depende do nicho explorado. O gestor de recursos diz que há uma procura muito grande por condomínios industriais, ainda inexistentes em Santos, e por galpões.
Leia o original aqui.

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