Em meio a onda de violência, candidato do governador do estado é eleito prefeito de Santos com abstenção recorde
Em meio a uma absurda onda de violência, que assola as cidades centrais da Baixada Santista, o PSDB elegeu o prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa, em uma eleição marcada por absenteísmo recorde.
Acompanho a política local há décadas e não me recordo de um percentual de ausentes na casa dos 18%.
Conforme tabela abaixo, pode-se observar que o percentual de votos nulos e brancos permaneceu semelhante, entre a última e a atual eleições municipais, enquanto a votação do prefeito eleito declinou quase 20%.
Não sou cientista político, mas arrisco dizer que a explicação para o crescimento exagerado de ausentes, em uma cidade majoritariamente conservadora, como Santos, deve-se à maciça cobertura da imprensa acerca dos escândalos políticos, exacerbado nos últimos meses, com o julgamento do assim chamado "mensalão".
Se minha hipótese for verdadeira, a situação está pior do que se poderia imaginar, pois a desilusão com a participação política é porta arrombada para a eleição de maus políticos, inclusive no parlamento.
Aliás, acerca da nova composição do Legislativo santista, espero estar enganado, mas a qualidade da representação popular deve piorar, a partir de 2013.
Não defendo o cerceamento da imprensa. Fui criado durante a ditadura militar e sei muito bem o que é a censura. Mas penso que a cobertura política, no Brasil, vem resultando em mais indiferença do que consciência política.
Por outro lado, espera-se um mínimo de bom senso das autoridades da área de segurança, pois a situação chegou no limite da barbárie, de ambos os lados.
E só para lembrar, o governador do estado, que foi o grande fiador do prefeito eleito, é o maior responsável pela segurança pública.
Acompanho a política local há décadas e não me recordo de um percentual de ausentes na casa dos 18%.
Conforme tabela abaixo, pode-se observar que o percentual de votos nulos e brancos permaneceu semelhante, entre a última e a atual eleições municipais, enquanto a votação do prefeito eleito declinou quase 20%.
Não sou cientista político, mas arrisco dizer que a explicação para o crescimento exagerado de ausentes, em uma cidade majoritariamente conservadora, como Santos, deve-se à maciça cobertura da imprensa acerca dos escândalos políticos, exacerbado nos últimos meses, com o julgamento do assim chamado "mensalão".
Se minha hipótese for verdadeira, a situação está pior do que se poderia imaginar, pois a desilusão com a participação política é porta arrombada para a eleição de maus políticos, inclusive no parlamento.
Aliás, acerca da nova composição do Legislativo santista, espero estar enganado, mas a qualidade da representação popular deve piorar, a partir de 2013.
Não defendo o cerceamento da imprensa. Fui criado durante a ditadura militar e sei muito bem o que é a censura. Mas penso que a cobertura política, no Brasil, vem resultando em mais indiferença do que consciência política.
Por outro lado, espera-se um mínimo de bom senso das autoridades da área de segurança, pois a situação chegou no limite da barbárie, de ambos os lados.
E só para lembrar, o governador do estado, que foi o grande fiador do prefeito eleito, é o maior responsável pela segurança pública.
Item
|
Eleição
1° Turno
|
|||
2008
|
%
|
2012
|
%
|
|
População
|
417.975
|
419.530
|
||
Eleitores
|
312.201
|
329.643
|
||
Prefeito eleito
|
190.705
|
77,22
|
144.827
|
57,91
|
Votos Válidos
|
246.971
|
250.089
|
||
Nulos
|
13.764
|
5,57
|
13.005
|
5,20
|
Brancos
|
8.896
|
3,60
|
6.966
|
2,78
|
Votos totais
|
269.631
|
270.060
|
||
Abstenções
|
42.570
|
15,78
|
59.583
|
18,08
|
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