E os Novos Tempos?

O jornal A Tribuna, em sua edição de segunda-feira (ver acima) faz um balanço da obras de final de mandato do prefeito de Santos, informando quais devem ser entregues ainda neste governo e quais devem ficar para o próximo prefeito dar continuidade.
Não sei por qual motivo foi esquecido o projeto tido como mais importante pela administração que se encerra, o Santos Novos Tempos, dentro do qual se insere o projeto de macrodrenagem da Zona Noroeste, para o qual faço especial destaque.
Até o momento algumas intervenções atinentes a este projeto foram realizadas, nas extremidades do complexo do Dique da Vila Gilda: galerias de drenagem e aterros com remoções de moradias nos caminhos da Divisa e São Sebastião.
Contudo, diante da abrangência do projeto e a despeito de todo o esforço por parte da atual administração, em obter recursos federais e do Banco Mundial, para o referido projeto, que é de extrema urgência, muito pouco foi realizado, se comparado ao total das intervenções planejadas.
Se considerarmos que este projeto baseou-se no plano elaborado pela consultoria Queiroz Orsini, contratado pela Prefeitura, em meados da década de 1990, o atraso é ainda mais relevante.
Acerca do processo de contratação das obras de macrodrenagem, ora em curso, é importante destacar que a Concorrência Internacional nº 001/2012 da Prefeitura objetiva a construção de estações de bombeamento e comportas, além de outras estruturas como galerias e canais, na Zona Noroeste. Contudo, no site do Tribunal de Contas do Estado é possível saber que o edital desta licitação está sendo questionado (processo n° 1239.989.12). Portanto, é possível que as obras atrasem ainda mais.
De qualquer forma, é importante que este projeto não seja esquecido e a sociedade cobre do futuro prefeito sua continuidade, para que não ocorra novamente o que se sucedeu em 1997, quando o então prefeito Beto Mansur não deu sequência ao mencionado projeto de macrodrenagem da Queiroz Orsini, deixado pelo seu antecessor, prefeito David Capistrano.

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