Êxodo

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A edição do último dia 16, do jornal Metro (ver acima), destaca o "êxodo" da classe média santista, resultante da valorização imobiliária que está ocorrendo nos últimos anos, na cidade. A análise do economista ouvido pela reportagem aponta o "desenvolvimento" como causa da "elitização" e considera que o fenômeno ocorre "em qualquer lugar do mundo quando uma cidade se desenvolve" o que provoca uma "debandada de moradores" para regiões mais próximas onde o custo de vida é menor.
Tenho reservas com relação a esta análise, pois embora seja comum a migração decorrente da valorização imobiliária e do custo de vida em geral, é dever dos governos locais e regionais (quando existem) promoverem políticas urbanas capazes de reter população nas áreas mais bem providas de infraestrutura e de serviços, mitigando assim a ocupação de áreas impróprias e a crise na mobilidade regional, como a que a área central da Baixada Santista enfrenta atualmente.
Portanto, penso que o conceito de desenvolvimento empregado na referida matéria deve ser reelaborado. Não existe desenvolvimento que se sustente com expulsão ou não-fixação de população, como vem ocorrendo há pelo menos três décadas, em Santos. Elitização não é sinônimo de desenvolvimento sustentável, é seu oposto.

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