Mobilidade: Por uma coordenação metropolitana

Os eventos sucessivos das últimas semanas, em que a Baixada Santista se vê atolada em uma imensa crise de mobilidade, demonstram de forma absolutamente cristalina a necessidade urgente de criação de uma coordenação metropolitana de fato e de direito, que envolva sociedade civil e as três esferas de governo, e que atue nas principais políticas urbanas: mobilidade, saneamento e habitação.
E quando me refiro a coordenação, não se trata de nada semelhante ao CONDESB ou algo do gênero, pois este organismo, da forma como foi estruturado, nunca correspondeu e nunca corresponderá às reais necessidades de desenvolvimento sustentável da nossa região.
Necessitamos de um novo arranjo institucional com autoridade para cobrar de imediato as responsabilidades dos diversos órgãos e entidades envolvidos no planejamento e na gestão das políticas públicas mencionadas, e que atue de forma transparente e democrática, ouvindo a sociedade e a esta prestando contas.
A complexidade das questões atinentes a estas políticas há muito requer algo mais do que o amadorismo que vimos assistindo nos últimos dias, quando ações absolutamente descoordenadas procuram sanar problemas que demandam uma visão sistêmica e que contemple iniciativas de curto, médio e longo prazo.
É chegada a hora de dar um upgrade no arranjo institucional capenga que criou nossas regiões metropolitanas. Os desafios do presente serão intransponíveis no futuro, caso continuemos a nos mover de forma pontual e fragmentada.

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