Blogueiro entrevistado sobre o aumento da pendularidade regional

Na última terça-feira este blogueiro foi entrevistado pelo Band Cidade, acerca do aumento da pendularidade regional, verificada pela pesquisa do NEPO/UNICAMP, tema do post do último dia 15/3. Assista acima o programa que foi ao ar.
Mas talvez por falta de tempo, parte das minhas declarações não foram reproduzidas e o raciocínio não fechou. Além de defender a ampliação da base econômica nos municípios do entorno de Santos, defendi medidas para fixar a população na Ilha de São Vicente e até adensar esta ocupação, pois algumas áreas da ilha perderam densidade nas últimas décadas e a própria cidade de Santos, a mais bem dotada de infraestrutura e serviços, teve o crescimento estagnado, em função do alto custo de vida.
Ambas as ações são essenciais, junto com a melhoria dos sistemas de transporte e trânsito, para enfrentarmos o gargalo da mobilidade no centro da Baixada Santista.
Além deste aspecto, são necessárias medidas urgentes para resolver o gargalo da safra de grãos, conforme mencionei nos últimos posts.
Quanto à referida pesquisa, denominada "O fenômeno da mobilidade pendular na Macrometrópole do Estado de São Paulo: uma visão a partir das quatro Regiões Metropolitanas oficiais", destaco algumas questões que merecem atenção por parte dos gestores públicos.
De acordo com o estudo, durante a última década, embora a migração regional e a taxa de crescimento demográfico tenham perdido fôlego, o volume dos movimentos pendulares aumentaram 57%, com relação à população residente em idade ativa (PIA). Portanto, fenômenos socioeconômicos foram responsáveis pelo aumento dos deslocamentos na região, neste período, em que pese a redução do crescimento demográfico.
O resultado espacial deste processo pode ser observado no cartograma abaixo, que contém as faixas de fluxos pendulares intrametropolitanos, em 2010. Neste aspecto, cabe ressaltar que aí não estão incluídos os movimentos pendulares no interior das cidades, que como se sabe, intensificam ainda mais a perda de mobilidade, em cidades como Santos, onde a área central é pouquíssimo habitada.
Vamos retornar este tema em outros posts. 


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