A pulga subiu no telhado

Subiu no telhado a pulga atrás da orelha, que mencionei neste post. É a conclusão que tiro ao ler a entrevista-desabafo do presidente da Codesp, José Roberto Correia Serra, publicada à p. C-1, do Caderno Porto & Mar, da edição de hoje, de A Tribuna.
Em seu depoimento, o presidente critica a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), que não ouve a companhia e não tem a agilidade necessária que o porto de Santos necessita, com relação a definições importantes, inclusive no que concerne à ocupação de áreas para expansão do complexo.
Serra faz referência direta ao projeto apresentado recentemente, pela São Paulo Empreendimentos Portuários, para a Ilha dos Bagres. Além deste projeto, o executivo critica outro, conhecido como Brites, do Grupo Triunfo, a ser implantado no Largo Santa Rita, junto ao da ilha dos Bagres. Ambos os projetos sobrepõem-se ao anunciado projeto Barnabé-Bagres, defendido pela Codesp há muitos anos.
Serra defende as propostas da empresa e demonstra-se contrariado com a destinação das áreas para terminais privados, sem a gestão da Codesp.
Sendo pertencente à mesma esfera de governo, a Secretaria do Patrimônio da União, órgão do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, competente para dispor das áreas de marinha, como as mencionadas acima, é de se questionar porque a Codesp não foi ouvida, antes dos aforamentos serem definidos, em benefício de terceiros.
Não que o projeto Barbabé-Bagres me empolgue muito, mas esta é a pergunta que não quer calar, enquanto a pulga continua a me incomodar.

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