Correndo atrás do prejuízo

E por falar no séquito do ministro Gastão, parece que meu humilde comentário no post "Copa: Baixada Santista fica de fora" gerou uma senhora mobilização no dia de ontem.
No baticum da visita ministerial ao Valongo, em Santos, tinha de tudo um pouco: outros dois ministros, prefeitos, secretário estadual aflito, atleta do século etc. Só faltou o campeão da Fórmula 1.
O mote era dar um escanteio no mal-estar gerado pela notícia de que os municípios da Baixada haviam ficado de fora da lista das cidades incluídas no roteiro oficial de destinos turísticos da Copa, elaborado pela Embratur.
No noticiário da efeméride teve espaço até para ressuscitar a lenda urbana do aeroporto da Base Aérea.
Mas sinto um cheiro no ar de que o mega-plano de "revitalização" do porto, no Valongo, não vai rolar e se rolar, estará mais para mini do que para mega. É a impressão que fica quando leio declarações de que, em princípio, só haveria tempo para construir dois berços de atracação para navios de cruzeiros.
Aliás, até agora não ficou claro quais vantagens os investimentos previstos trariam para a população residente (se ela continuar residente), afetada por sérios problemas como segurança, saúde, mobilidade, saneamento e habitação.
O projeto de "revitalização" proposto, com previsão de um "mergulhão" a ser construído a peso de ouro, parece-me um acinte, para uma região que demanda investimentos pesados em alternativas viárias e de transporte decentes para os que diariamente se locomovem para a Ilha de São Vicente em busca de trabalho e serviços.

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