Antiga sede do Ambesp: agora vai?

A Prefeitura de Santos anunciou que conseguiu costurar, com a União, a cessão do edifício onde funcionou o antigo Ambulatório de Especialidades (Ambesp), situado na esquina das Ruas do Comércio e Gonçalves Dias.
O imóvel, que era do INSS e estava cedido ao município desde a década de 70, foi desocupado na década passada, quando já não recebia manutenção adequada. De lá para cá, a situação só piorou.
Sobre o embroglio já me manifestei aqui. Agora espero que o imóvel seja de fato ocupado pela unidade de saúde, conforme informado pelo governo municipal, pois é inconcebível uma cidade com carência de espaço, como a nossa, desperdiçar um edifício em plena área central. Isto é ainda mais intolerável, quando o agente do desperdício é a própria municipalidade, que deveria dar bons exemplos de utilização de nosso patrimônio edificado.
Como já defendi aqui, torcia para que o prédio fosse repassado para algum projeto habitacional, pois é importante fixar moradias no centro. Mas se o edifício voltar a acolher uma unidade de saúde, que preste bons serviços, já estamos no lucro, afinal o prédio estava se desmanchando e oferecendo risco aos pedestres.
Mas, além disso, a Prefeitura deve fazer manutenção regular do prédio, após sua ocupação, para que não ocorra o que aconteceu antes, com o Ambesp e com a casa onde funcionava a Seção de Vigilância e Referência em Saúde do Trabalhador (Sevrest), na Conselheiro Nébias, embora este não tenha sido um caso de simples desleixo administrativo.

Comentários

  1. Um imóvel desse não têm as mínimas condições de se tornar moradia popular, as instalações antiguíssimas (década de 40/50) que requerem um cuidado bem maior do que um edifício construído do zero específico para ser de moradia popular, o edifício é tombado em Nível 2, logo a manutenção das características encareceria e muito o custo aos futuros proprietários, a falta de infra-estrutura moderna deste edifício(sem garagem, escadas provavelmente pequenas diante das atuais normas padrões) seria outro empecilho.

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  2. Fica mais barato reformar o prédio, adequando-o ao novo uso, do que construir um novo. Sobretudo se a União pudesse repassar o imóvel diretamente para alguma associação ou cooperativa, que pleiteasse financiamento pelo Minha Casa Minha Vida.
    Porém, isto só poderia ocorrer se o INSS repassasse o imóvel a algum ente público, que depois se responsabilizasse pelo repasse final a entidade.

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